Quando a viu chegar em casa, trouxe a memória do papel que ela deveria representar em sua vida, ou representava. Apesar de atualmente notar a inversão dos papeis, continuou a representar seu personagem. Não havia mais aquele amor , o qual outrora brolhava nos sorriso que estampava a face pelas simples coisas, sobrou somente um abismo vazio de lembranças corroídas pelo tempo. No celular, uma conntande fuga da realidade que escondia o resquício de dor com ressentimentos, não parava de tocar e ocupar o pensamento com sua eterna devoção ao trabalho, o único vicio que enrriquece. A filiação sanguínea existente, não anulava o atestado de óbito estampado na face de ambas. O cansaço de reparar os erros chegou , e foi mais forte, se intalou em forma de um respeito mútuo de espaços fechados que não se misturam. A dor se foi levando todo sentimento, como a anestesia que invade cada pedaço delas. As frases agora, calmas e ponderadas, curtas, resumindo o dialogo a algo estritamente necessário. Tudo se foi apagando aos poucos, da simples escolha de roupas, até as decisões mais importantes. Se foi a dor e com ela o amor, tanto em quem gerou como em quem foi gerado. O tudo se resumiu a nada. O mundo não se acabou, a cada minuto morrem pessoas. Agora, é levantar a cabeça e seguir, como se nada tivesse mudado, pois não será a primeira nem será a ultima pessoa vivendo a perda. E as vida cruel nos fala : Se algo te aconteceu, prossiga, não importa o que te aconteceu, o mundo não pára pra que você se levante.
Então o cinza invade o céu, e reflete como será daqui pra frente; uma vida que se foi , pra duas pessoas, da maternidade deixada de lado e do cordão umbilical que foi torcido pra que se rasgasse. A orfandade materna em vida,se intalou. E só nos resta Buscar em Deus as respostas de quanto tempo irá durar a espera pra que haja outra ressureição na terra de nossas vidas.
" Ás vezes, é necessario cessar o contato, para não haver atrito"
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