" Viver sem sonhos, é estar morto sem saber"(By myself)

Pesquisar este blog

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Lembranças...


...é engraçado olhar pra trás e reler cartas, e-mails, tirar o pó das coisas q passaram há tempos atrás... rever as antigas posturas de rebelde as vezes com e as vezes sem causa...
Lembrar é sempre bom, quando se sabe fazê-lo...
Hoje dei boas risadas... de como fui ... até encontrei uma amiga da época de escola que eu havia perdido o contato... e conversando com ela descobri que ela havia se convertido... dai no retiro ela comentou como eu era na escola... tinha o costume de presentear algumas  minhas amigas, na verdade nem lembro o criterio pra fazê-lo... mas fazia isso ... mas do jeito que andam os tempos, com homossexualismo descarado, e em alta... prefiro me abster desses costumes pois podem ser mal interpretados... Quanto mais vemos o mundo apodrecendo, mais vivemos em prisões... antes as casas tinham muros baixos, hoje... porém; tem grades e se duvidar seguranças e cameras com sistemas de segurança...lembrando cadeias... ou seja; nossa prisão pessoal vulgo "casa" se torna o lugar mais seguro... resumindo... nos tornamos tartarugas... se houver algum tipo de ameaça, ela entra no casco... nós tbm nos tornamos assim...se invadirem nosso espaço emocional e nos sentirmos ameaçados de alguma forma... nos fechamos em nossos cascos...
Agora  entendo o que CAsemiro de Abreu disse em seu verso...

Oito Anos

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é - lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!
Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
- Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
- Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!


Pessoalmente... tenho saudades da inocência ao meu redor... até da propria inocência que habitava em mim... A vida se torna a cada dia um complexo tão enfadonho que tira-me o ânimo de observar as pessoas e amá-las... Que Deus me ajude a ver com seus olhos pois os meus secaram...quando de joelhos me prostrei vertendo lagrimas por muitos... 
Lembranças boas são as pequenas, simples , e ...=)

Um comentário:

Unknown disse...

Sabe Rapha, vc é uma pessoa que eu sempre admirei. Isso ainda deve perdurar por anos. ^^

Velhos tempos não voltam mais. Já dizia algum bêbado de bar que com o passar do "telefone sem fio" virou filósofo. O tempo, o próprio tempo, está acabando. ;) Beijo